quarta-feira, 19 de março de 2014

Snif















A desclassificação do Corinthians no Campeonato Paulista deixou a crônica esportiva transtornada. As vozes graves, o discurso apocalíptico e as acusações aos adversários parecem lamentar uma hecatombe moral planetária. E por quê? Ora, porque os gênios sempre disseram que o Paulista era fraquíssimo, irrelevante, enfadonho de tão fácil para os superelencos do cartel futebolístico. Bem se vê.

Eis o ó do forrobodó: se o time da Globo não tem competência para vencer os adversários, a culpa deve ser do campeonato, do calendário, da kuna croata. Ou do outro clube “grande”, igualmente incapaz, e de seus torcedores sádicos que (inaceitável!) comemoraram o fracasso alheio. “Isso não é futebol”, exclamam os imparciais.

Claro que a turma defende torneios exclusivos de times das capitais, ou a extinção dos incômodos coadjuvantes que estragam a sua ilusão de superioridade e os rendimentos marqueteiros desse jornalismo que adora exigir transparências alheias. Competitividade mesmo, que é bom, ninguém quer.

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