quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Todos contra Haddad






















O Tribunal de Contas do Município vetou os corredores de ônibus. O Tribunal de Justiça impediu o aumento do IPTU. A Polícia Civil avacalhou a Operação Braços Abertos. Não há uma iniciativa da administração Fernando Haddad a salvo de alguma interferência saneadora milagrosa.

Qual foi a última vez que um órgão fiscalizador estadual vetou programas de Geraldo Alckmin? Ou que o Judiciário paulista retirou centenas de milhões de reais dos cofres tucanos? Ou ainda que a soldadesca entrou numa obra assistencial de qualquer prefeitura descendo o cacete nos beneficiários?

Claro que nada é casual nisso tudo. Um sucesso do PT em São Paulo, principalmente na sensível área dos transportes, soa como hecatombe às sanguessugas paulistanas. O mesmo vale para tantos projetos sociais que nasceriam de um vultoso aporte financeiro. E para a revitalização das áreas centrais, somada ao alívio da calamidade que atinge os dependentes químicos (área de atuação de Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo, que esteve no local horas antes da chegada dos paisanos de Alckmin).

Mas o que assombra nos episódios é o porte institucional da sabotagem. Os três Poderes republicanos, em suas conformações locais, revezam-se numa série de medidas estranhas que só beneficiam o projeto reeleitoral do PSDB. São vinte anos de uma engrenagem muito bem regulada, a serviço do bem comum.

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