quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Perdeu, governador














A administração Geraldo Alckmin (PSDB) sucumbiu ao crime organizado. Policiais honestos são fuzilados por bandidos civis, cidadãos honestos são fuzilados por policiais bandidos, as gangues de ambos os exércitos travam suas guerras particulares. A violência armada generalizou-se a tal ponto que as autoridades chegam a tolerar as mais escancaradas infrações. A criminalidade é cotidiana e impune em São Paulo.

Mas os problemas do estado vão muito além. Não bastassem o colapso generalizado nos transportes públicos e a transformação das rodovias em congestionamentos privatizados, chegamos ao ponto surreal de vidas inocentes serem destruídas num bucólico passeio turístico. Em plena região serrana, que abriga o palácio de inverno do mandatário e as acomodações luxuosas da mais fina elite paulista.

Num governo petista, seriam escândalos para culminar em afastamento do governador. Já na Terra do Nunca demotucana, a culpa recai na favela, nos maconheiros, no governo Dilma, nos defensores dos direitos humanos, no demônio da terceirização, num pobre motorneiro desassistido. A imprensa partidarizada reclama do “ponto a que chegamos”, exige políticas públicas sempre alheias e hipotéticas, generaliza a sensação de calamidade para federalizá-la, naturaliza a incompetência administrativa como se fosse inerente a um anódino “sistema” irremediável.

Enquanto isso, seguimos especulando acerca dos limites da paciência do eleitorado perante o desastre que mídia ignora.

Um comentário:

Vania disse...

É mesmo impressionante o pendor para a mistificação que se observa na "mídia" nativa. Que loucura! Seus profissionais parecem viver numa espécie de "mundo paralelo", em que tudo se passa como numa fantasia interminável. Vai-se de um capítulo a outro sem fazer nenhuma concessão ao bom senso e à realidade dos fatos. Que loucura!