quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sem futuro















Será que alguém na mídia corporativa sabe que o STF cedo ou tarde julgará Eduardo Azeredo e o mensalão do PSDB? E que a previsível diferença de abordagem do noticiário em relação ao atual julgamento ficará patente? E que ela demonstrará a contaminação político-partidária desses veículos, comprovando as acusações dos seus maiores críticos? E que uma incoerência desse tamanho marcará a história da imprensa brasileira, inspirando “estudos de caso” em dissertações, teses e livros país afora?

Eis um debate para ocupar as mentes mais responsáveis das redações, especialmente as dos sagazes colunistas. Os linchamentos morais e a espetacularização do ritual judiciário que marcam os comentários sobre os trabalhos do STF deveriam soar inaceitáveis para sensatos de qualquer temperamento ideológico. E não apenas pelos precedentes que inaugura. Para além das reputações e das imagens institucionais atingidas, é o próprio jornalismo que agoniza com os desvarios de uma súcia de irresponsáveis.

Pode-se argumentar que os valores democráticos servem inclusive àqueles que tentam questioná-los. Mas destruir a credibilidade dos seus alicerces talvez esteja um pouco além do aceitável.

Um comentário:

Vania disse...

Concordo plenamente. Há anos que já não leio mais jornal. E olha que era uma das coisas que mais gostava de fazer. Enfim, como eu, acredito que muitos outros brasileiros já desistiram desse festival macabro de desinformação que predomina na "mídia" nativa.